domingo, 12 de maio de 2013

De 57.021 diagnosticados com hepatite C quantos receberam tratamento? - EASL 2013




13/05/2013 


De 57.021 diagnosticados com hepatite C quantos receberam tratamento? - EASL 2013


Um estudo realizado nos Estados Unidos incluindo 57.021 infectados com hepatite C possuidores de planos de saúde (nos Estados Unidos os planos de saúde fornecem os medicamentos) chegou a resultados alarmantes em relação ao número de pacientes em tratamento. A hepatite C seu tratamento e suas co-morbidades representam um ônus significativo para os sistemas de saúde públicos e privados. Este estudo retrospectivo utilizou a base de dados do "Truven Health Analytics MarketScan" registrados entre 01/01/2006 e 31/03/2012. 

Os pacientes foram agrupados conforme a gravidade da doença encontrando 43.561 com idade média de 49,8 anos que não apresentavam cirrose, 6.830 com idade média de 49,8 anos que já estavam cirróticos e 6.630 com idade média de 54,2 anos que já se encontravam na fase final da doença, com cirrose descompensada. 

As co-morbidadades mais comuns eram diabetes tipo 2 atingindo 13,3% do total de pacientes, 12,% apresentavam anemia, 11,7% com depressão, 14,5% era usuário de drogas. No grupo de pacientes em fase final da doença foi encontrado o maior percentual de diabéticos e usuários de drogas. Nesse grupo a anemia atingia 28,3% dos pacientes. Foi encontrado também que a depressão, internações e consultas ambulatoriais aumentaram após o diagnostico. 

Somente 10,9% dos pacientes receberam tratamento, sendo 83,1% com interferon peguilado e ribavirina, 13,2% em terapia tripla com telaprevir e 3,4% com boceprevir. A maioria dos tratamentos foi indicada para pacientes com cirrose. 

Concluíram os pesquisadores que somente uma pequena parte dos pacientes com hepatite C recebe tratamento. Que a diabetes tipo 2, a depressão e o abuso de drogas (nos Estados Unidos) são comuns entre os infectados e, que o aumento de custos com cuidados de saúde são maiores entre aqueles com a doença mais grave. 

MEU COMENTÁRIO 

São poucos os infectados que recebem tratamento. Tal situação é atribuída principalmente a falta de conhecimento da hepatite C e suas conseqüências pelos profissionais da saúde, achando que não é uma doença grave, em alguns casos a comparando com a hepatite A ou, de que simplesmente não existe tratamento disponível para a hepatite C. 

Podemos culpar esses profissionais ou a culpa é da falta de campanhas de informação por parte dos governos? Neste caso a culpa é 100% dos governos que ocultam a gravidade da epidemia da população. 

Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:
PATIENT CHARACTERISTICS AND UTILIZATION OF PROTEASE INHIBITORS IN HEPATITIS C (HCV) PATIENTS IN A LARGE PAYER DATABASE - N. Tandon1, C. Gunnarsson2, A. Prabhakar3 - 1Janssen Scientific Affairs, Titusville, NJ, 2Statistical Solutions, Inc., Cincinnati, OH, 3Janssen Services, LLC, Titusville, NJ, USA. - EASL 2013 - Abstract 501 


Carlos Varaldo
www.hepato.com
hepato@hepato.com 



FONTE:



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