Pessoas co-infectadas com AIDS e hepatite C apresentam uma progressão mais rápida no dano hepático e respondem menos que os monoinfectados quando tratadas com interferon peguilado e ribavirina. Mas duas drogas em fases avançadas de pesquisas podem ser uma nova esperança para esse grupo de pacientes.
O Simeprevir (anteriormente TMC435) combinado ao interferon peguilado e ribavirina em tratamento de somente 24 semanas obteve 77% de cura (resposta sustentada) em pacientes nunca antes tratados e em recidivantes. Co-infectados nulos de resposta a um tratamento anterior estão ainda no tratamento durante o ensaio, mas aproximadamente 60% estão indetectáveis. Dados finais deverão ser apresentados até o final do ano.
Outro inibidor de proteases, o Faldaprevir (BI 201335) da empresa Boehringer-Ingelheim também parece promissor no tratamento dos co-infectados quando combinado ao interferon peguilado e a ribavirina. Resultados preliminares na semana 12 do tratamento mostram que se encontram indetectáveis 82% dos pacientes nunca antes tratados e 91% dos recidivantes a um tratamento anterior.
Sei que ainda é cedo e arriscado para afirmar que até o final das pesquisas os medicamentos confirmem tais resultados sendo que ainda deverão ser estudadas possíveis interações medicamentosas com drogas em utilização por pacientes em tratamento da AIDS, mas que é uma boa esperança, quanto a isso não resta a menor duvida.
Carlos Varaldo
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