segunda-feira, 24 de junho de 2013

Os motivos de nosso manifesto de apoio ao ministro da saúde



24/06/2013 

Os motivos de nosso manifesto de apoio ao ministro da saúde


No último dia 11, trinta e uma ONGs que lutam pelas hepatites realizaram um manifesto de apoio ao Ministro Alexandre Padilha pela decisão de exonerar o diretor do Departamento DST/AIDS/Hepatites. Recebemos criticas de ONGs de AIDS. Por isso, para que compreendam nossa indignação estamos explicando o porque não podemos defender o Departamento DST/AIDS/Hepatites, o qual deveria ter cuidado das hepatites com o mesmo ênfase que o faz com a AIDS, mas nesses quatro anos nada fez, como mostram os resultados. 

Certamente, ao ler os itens abaixo listados (e não são todos) irão compreender o porque da irritação dos infectados com as hepatites. O descaso e as falsas promessas tem um limite. Esse limite chegou. É necessário dar um basta e o governo, de vez por toda dar inicio a uma estratégia própria para enfrentar uma epidemia que atinge até 3 milhões de brasileiros. 

Leiam a seguir o porque as hepatites não são prioridades no Brasil 

27/06/1999 - Cartazes de sala serão distribuídos a todos os consultórios odontológicos do Sistema Único de Saúde. Informa por Oficio o Dr. Cláudio Duarte da Fonseca Secretário de Políticas de Saúde / MS - Promessa não cumprida. 

29/06/2000 - O diagnóstico da hepatite C pode ser realizado, em uma das 49.260 Unidades Ambulatoriais do SUS - Responde por e-mail o Dr. Cláudio Duarte da Fonseca Secretário de Políticas de Saúde / MS - Passados 13 anos até hoje isso não acontece. 

27/11/2002 - O Ministério da Saúde lançou ontem campanha sobre a hepatite, doença grave, mas pouco conhecida pela população. "Com a informação, queremos melhorar tanto a prevenção quanto a rapidez no diagnóstico", afirma o coordenador do Programa Nacional de Prevenção e Controle das Hepatites Virais, Antônio Carlos Toledo. Em 10/12/2002 foi divulgado que uma forte chuva alagou o deposito e danificou todo o material da campanha. A campanha foi suspensa. Alagamento em Brasília? 

Maio de 2003 - A primeira campanha é colocada nas ruas, com um cartaz divulgando as hepatites e informando (ou melhor, desinformando) que "todas as hepatites (A, B, C, D e E) apresentam sintomas iguais, como ficar amarelo ou urina escura" e continua afirmando que todas elas se transmitem, entre outras formas, pela boca, pelos alimentos ou pela água, colocando todas por igual quanto a suas formas de contaminação. Poucos dias depois, as ONGs alertam o Congresso Nacional e o Ministro da Saúde sendo o cartaz recolhido e incinerado. Foi um desastre total, um desrespeito a população. 

12/11/2003 - A promessa da testagem nos CTAs foi feita pelo Dr. Jarbas Barbosa no encontro dos grupos, com inicio piloto em alguns CTAs em fevereiro de 2004 e total implementação até o mês de julho de 2004. Em 20/12/2004 - O Dr. Jarbas Barbosa em entrevista ao programa Espaço Aberto da GLOBO-NEWS declarou que todos os CTAs do Brasil já estavam testando a hepatite C.Somente em 2012 a promessa foi cumprida totalmente

Maio de 2005 - Foi feita uma campanha na televisão educativa informando a realização dos testes nos CTAs, porém, praticamente nenhum deles tinha recebido os kits. 

08/03/2006 - Em audiência o Ministro da Saúde garantiu que os medicamentos para tratamentos das hepatites, em especial o Interferon Peguilado seriam adquiridos de forma centralizada pelo Ministério da Saúde O ministro saiu e a promessa foi junto.Somente após a denuncia no desvio da aplicação dos recursos pelos estados é que a compra foi centralizada. 

11/04/2006 - O PNHV apresenta na Câmara de Deputados o "PLANO TRI-ANUAL DO PROGRAMA NACIONAL DE HEPATITES VIRAIS - ANOS 2006 -2007-2008" onde se informa que pretendem tratar 26.000 casos de hepatite C por ano até 2008 e para tal na página 23 é apresentado um quadro com o aumento de tratamentos oferecidos, sendo: 13.000 tratamentos já no ano 2006, 19.500 tratamentos em 2007 e 26.000 tratamentos em 2008. A promessa nem sequer foi tentada e acabou em fracasso, em 2012 somente 12.000 tratamentos foram realizados no SUS. Projetando o mesmo crescimento até 2012, hoje deveriam estar sendo tratados 54.000 pacientes anualmente. 

Setembro de 2009 - O Programa Nacional de Hepatites Virais é extinto e as hepatites são integradas no Departamento DST/AIDSsem ter tido nenhuma discussão com as ONGs ou as sociedades médicas

24/11/2010 - "Moção de Alerta - Hepatites Virais" apresentada por consenso das ONGs presentes no "IX Encontro Nacional de ONG de Hepatites Virais" em repudio ao fim do Programa Nacional de Hepatites e ter colocado as hepatites aos cuidados da AIDS. 

A VERDADE: Número de pessoas de todos os genótipos em tratamento para hepatite C (Dados oficiais fornecidos pelo DAF/Componente Especializado da Assistência Farmacêutica - MS) 
AnoNúmero de pessoas em tratamento
2009
10.111
2010
11.628
2011
11.505


Comparando com 2004 é possível ver o "extraordinário crescimento" na oferta de tratamentos - Em 2004, primeiro ano após o nascimento do Programa Nacional de Hepatites Virais, foram tratados 8.216 pacientes (40% com interferon convencional e 60% com interferon peguilado). Tal número de tratamentos é um dado oficial constante no procedimento do Ministério Público Federal confirmado, ainda, pelo Tribunal de Contas da União e aceito como verdadeiro pelo Ministério da Saúde nas diversas contestações realizadas durante o procedimento investigatório sobre o desvio do dinheiro para aquisição do interferon peguilado pelos estados. 

2012 - Excluindo retratamentos e tratamentos de co-infectados, receberam tratamento aproximadamente 9.000 novos infectados fica dramaticamente lamentável comparar com os dados de 2004, quando 8.216 (não existia tratamento de co-infectados ou retratamento em 2004) tinham possibilidade de receber o tratamento. Passados 10 anos, um crescimento de somente 10% desde a criação do Programa Nacional de Hepatites Virais. 

Medicamentos na lista de estratégicos - Promessa de incluir os medicamentos para hepatites na lista de medicamentos estratégicos feita pelo Departamento DST/AIDS/Hepatites em 2010, repetida em 2011 e reafirmada por Oficio do Dr. Dirceu em 2012, onde afirmava que até o final desse ano a promessa seria cumprida. NÃO FOI, pior ainda, os novos medicamentos agora devem ser requeridos pelo Horus, burocratizando ainda mais o procedimento, aumentando a dificuldade para conseguir o tratamento da hepatite C. 

Inibidores de proteases - Portaria publicada em 2012, mas até o momento, finais de junho, a maioria dos estados não pode dar inicio aos tratamentos tamanha as absurdas exigências feitas no texto. O texto é um protocolo padrão FIFA, um sonho megalomaníaco feito somente para inglês ver. Secretários de Saúde pedem flexibilização e o Departamento DST/AIDS/Hepatites nem sequer responde. 

Aqui estão apenas alguns exemplos do descaso com a hepatite C, uma epidemia que segundo diversas estimativas atinge 3 milhões de brasileiros. 

Não mais é possível admitir que a Constituição Federal esteja sendo desrespeitada. Quando comparamos duas doenças que estão cuidadas pelo mesmo Departamento de DST/AIDS/Hepatites e vemos que na AIDS um de cada 3 infectados recebe tratamento e na hepatite C somente 1 de cada 280 infectados recebe tratamento, onde fica a igualdade, equidade, universalidade e respeito aos direitos humanos dos portadores de hepatite c? 

Desde 1999, data da primeira promessa do Ministério da Saúde até 2013 já se passaram 14 anos e neste período as estimativas mais conservadoras calculam em mais de 140.000 as mortes por culpa da hepatite C. 

Carlos Varaldo
www.hepato.com
hepato@hepato.com 



FONTE:

http://hepato.com/p_geral/122_port_geral.html

Até o final do ano dois medicamentos orais estarão aprovados, mas...........



24/06/2013 

Até o final do ano dois medicamentos orais estarão aprovados, mas...........


O FDA, órgão dos Estados Unidos que aprova e controla medicamentos outorgou prioridade (PDUFA) na analise das solicitações de comercialização do Sofosbuvir e do Simeprevir, dois medicamentos orais para tratamento da hepatite C que devem ser administrados com somente 1 comprimido ao dia. 

A Prescription Drug User Fee Act (PDUFA) significa que existem reais possibilidades de que já no final de 2013 os dois medicamentos sejam aprovados. Uma audiência pública está sendo marcada para o mês de outubro, quando logo acontece a decisão final. 

A aprovação para tratamento do genótipo 1 contempla os dois medicamentos, mas apenas para ser utilizado em combinação ao interferon peguilado e ribavirina. Para tratamento dos genótipos 2 e 3, sem interferon, mas combinado a ribavirina, somente o Sofosbuvir deverá ser autorizado. 

Uma vez aprovados os médicos e pacientes poderão utilizar os medicamentos conforme os esquemas de tratamentos determinados pelo FDA. 

Mas até aqui coloquei a notícia boa, vamos então comentar os pontos suspensivos que estão ao final do titulo do artigo. 

O custo poderá ser um impeditivo de acesso. Se atualmente o boceprevir e o telaprevir custam entre 40.000,00 e 50.000,00 dólares não será estranho se o Sofosbuvir e o Simeprevir que conseguem curar um percentual muito maior de pacientes terá um custo ainda maior. 

Outro problema que estou imaginando é que combinando o Sofosbuvir e o Simeprevir é possível tratar o genótipo 1 sem interferon, podendo combinar os dois medicamentos com, ou sem, ribavirina. Um estudo recentemente apresentado no CROI 2013 mostrou uma cura superior a 90% em 80 respondedores nulos de resposta a um tratamento anterior realizado com interferon peguilado e, isso em somente 12 ou 24 semanas de tratamento. 

Isso seria o tratamento ideal, livre de interferon, de curto período e com alta possibilidade de cura para o genótipo 1, mas aqui surge um novo problema, pois o custo desse tratamento será ainda muito, muitíssimo caro e, pior ainda, como não será aprovado ainda pelo FDA quem o quiser realizar deverá ser na modalidade "off label", por conta e risco. 

Colocando os prós que são muitos promissores e, os contras que são vários, fica difícil de adivinhar quais serão as possibilidades de acesso ao tratamento já em 2014 nos Estados Unidos, ainda, muito mais difícil de adivinhar, porque considero impossível estimar, como será em outros países. 

A esperança é que muitos novos medicamentos orais já se encontram nas fases finais das pesquisas e estarão chegando ao mercado entre 2014 e 2015, quando então a concorrência seguramente vai baixar o preço dos medicamentos, facilitando o acesso aos tratamentos. 

Entre os medicamentos orais, primeiro estarão chegando o Sofosbuvir e o Simeprevir, a seguir o da Abbvie e logo atrás o da Bristol-Myers. 

Carlos Varaldo
www.hepato.com
hepato@hepato.com 

FONTE:

http://hepato.com/p_geral/121_port_geral.html

Exames de sangue podem ser alternativos na biópsia de fígado



24/06/2013 

Exames de sangue podem ser alternativos na biópsia de fígado


Publicada na edição de junho de 2013 na revista "Annals of Internal Medicine" uma meta analise de 172 estudos publicados entre 1947 e 2013 na "Cochrane Library" e listas de referencia, compara a precisão do diagnostico do estado do fígado obtido com resultados de exames de sangue com os resultantes da realização da biópsia do fígado em infectados com hepatite C. 

Foram comparados diversos índices que são resultados de exames de sangue para estimar o estagio da fibrose ou cirrose em infectados com hepatite C, como o Índice APRI, o Fibroindex, o FibroTest e o Índice Forns. 

Os pesquisadores encontraram que distintos índices não patenteados obtidos com uns poucos exames de sangue permitem identificar de maneira efetiva a fibrose ou cirrose em infectados com hepatite C sem necessidade da utilização de testes ou analises patenteadas. 

Em relação ao grau de fibrose encontraram diversos testes que apresentam uma especificidade média superior a 0,9. 

Para identificar fibrose avançada os pesquisadores encontraram que plaquetas abaixo de 163.000 pode ser um indicativo para suspeitar de um dano hepático avançado, assim como um resultado no Índice APRI superior a 1,5 ou no FibroTest superior a 0,7. 

Na cirrose a confirmação poderia ser suspeitada por um Índice APRI superior a 2,0. 

Em caso de dificuldades para realizar uma biópsia os autores recomendam que a combinação de dois ou mais índices obtidos por diferentes exames de sangue passa a ser uma opção interessante para a decisão de recomendar a indicação de tratamento. 

Concluem os autores que muitos testes sanguíneos são moderadamente úteis para a identificação da fibrose e cirrose clinicamente significativa em pacientes infectados com hepatite C. 

MEUS COMENTÁRIOS
 

O estudo mostra que o Índice APRI e o FibroTest são os dois que apresentam melhor resultado, mas devemos considerar que nunca é igual que o resultado de uma boa biópsia, a qual continua a ser, por enquanto, o padrão ouro para uma correta avaliação do estado do fígado. Também, na comparação dos resultados não foram incluídos estudos que utilizaram a elastografia (Fibroscan e similares).

Conhecer o grau de fibrose é importante para identificar quais pacientes poderão progredir na doença e que poderão apresentar complicações associadas a hepatite C. 

Um forma de calcular de forma simples o APRI, sem incluir o INR, com o qual seria mais preciso, está explicado na nossa página emhttp://hepato.com/p_fibroses/calculo_apri_2010_12_27.html , mas deve servir somente de curiosidade e não ser admitido como um resultado preciso que substitui a biópsia ou a apreciação médica. 

Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:
Blood tests to diagnose fibrosis or cirrhosis in patients with chronic hepatitis C virus infection: a systematic review - Roger Chou, MD, e Ngoc Wasson, MPH - Ann Intern Med. 2.013, 158 (11) :807-820 


Carlos Varaldo
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FONTE:

http://hepato.com/p_biopsia/102_port_biopsia.html

O que é necessário saber antes de iniciar o tratamento com Interferon Peguilado e Ribavirina



24/06/2013 

O que é necessário saber antes de iniciar o tratamento com Interferon Peguilado e Ribavirina


Antes de iniciar o seu tratamento, você deve conversar demoradamente com seu médico, discutindo e perguntando abertamente sobre todos os benefícios que podem ser obtidos e os problemas que poderão acontecer, sejam os prováveis efeitos colaterais, sejam problemas específicos derivados da sua condição física, de outras doenças existentes ou ainda de natureza psíquica atual ou passada. Para seu próprio bem, seja franco e sincero. 

Nesta consulta, todos os seus exames e resultados devem ser re-examinados, um a um. Os efeitos do Interferon e da Ribavirina devem ser avaliados para cada paciente. 

Lembre que, durante o tratamento e até seis meses após, o casal deve fazer um rigoroso controle de natalidade. Com qualquer um dos parceiros em tratamento, as possibilidades de nascerem crianças com deformações genéticas são reais. Informe ao médico se você faz uso de drogas ou de álcool. 

Quem não deve ser tratado: 

- mulheres grávidas ou mulheres e homens que planejam encomendar um filho durante o tratamento ou até seis meses após; 

- mulheres que estejam amamentando; 

- pacientes anêmicos; 

- pacientes com cirrose muito avançada e descompensada; 

- portadores de hepatite auto-imune. 

Possíveis problemas que podem impedir o tratamento: 

Se você tem um dos seguintes problemas, fale com seu médico antes de iniciar o tratamento: 

- alcoolismo, inclusive nos últimos seis meses; 

- câncer; 

- depressão ou ansiedade; 

- diabetes; 

- distúrbios do sono ou insônia; 

- hepatite B; 

- HIV - AIDS; 

- inflamação nos intestinos (colites); 

- pressão alta; 

- problemas atuais ou passados do coração; 

- problemas de fígado diferentes da hepatite C; 

- problemas nas tiróides; 

- problemas renais; 

- qualquer doença auto-imune, como a psoríase, o lúpus ou a artrites reumatóide; 

- se realizou algum transplante de órgãos ou toma imunossupressores. 

Durante o tratamento, se você sentir qualquer um dos seguintes sintomas fale imediatamente com o seu médico: 

- depressão ou pensamentos suicidas; 

- dificuldade na respiração; 

- diminuição da visão; 

- dores no tórax, no estômago ou no baixo ventre; 

- febre alta; 

- feridas que não param de sangrar; 

- vômitos ou diarréia com vestígios de sangue. 

Prováveis efeitos colaterais durante o tratamento:
 

(Atenção: Não necessariamente estes efeitos irão acontecer. São listados porque alguns pacientes relataram terem passado por algum deles).
Efeitos considerados preocupantes: 

- alguns pacientes relataram problemas inflamatórios nos olhos, pulmões ou nos rins; 

- comportamento agressivo; 

- depressão e pensamentos suicidas; 

- diminuição das plaquetas e os glóbulos brancos do sangue, podendo levar ao aparecimento de infecções ou hemorragias; 

- como efeito colateral da Ribavirina os glóbulos vermelhos podem diminuir criando um quadro anêmico. Isto é perigoso para pessoas com problemas circulatórios ou cardiovasculares; 

- pacientes com doenças auto-imunes poderão ter uma piora nestas doenças; 

- problemas de comportamento e variações no humor; 

- problemas na pressão arterial, variações nas batidas e muito raramente ataques de coração; 

- severas dores de estômago podem indicar problemas em outros órgãos internos por causa da medicamentação. 

Efeitos considerados menos preocupantes: 

- alterações na taxa de glicose no sangue; 

- diminuição da saliva, boca seca; 

- fadiga extrema; 

- falta de apetite, náuseas e perda de peso; 

- mudanças na pele; 

- perda momentânea de cabelo; 

- perda na capacidade de concentração; 

- problemas nas tiróides; 

- secura dos olhos; 

- sensação de estado gripal, como dor de cabeça, dores musculares, fadiga e febre (normalmente diminuem durante o tratamento); 

- sensação de frio ou de calor; 

- vermelhidão, esfoliações, inchaço e coceiras no local da aplicação. 

Durante o tratamento: 


- beba muita água; 

- respeite os intervalos das aplicações não deixando passar os horários estabelecidos; 

- se por qualquer motivo você passou alguns dias sem se aplicar o Interferon ou sem tomar a Ribavirina, não dobre a dosagem na próxima aplicação. Consulte seu médico; 

- siga corretamente as indicações de seu médico. 

Algumas recomendações muito importantes: 

- a mulher não pode amamentar durante o tratamento; 

- a Ribavirina é indicada para ser ingerida junto com algum alimento, ou refeição; 

- em caso de gravidez de qualquer um dos parceiros, informe imediatamente ao seu médico; 

- não tome nenhum outro medicamento, nem complementos vitamínicos, ou minerais sem consultar antes seu médico; 

- são necessários exames regulares de sangue para saber como está evoluindo o tratamento e diagnosticar efeitos colaterais. 

Carlos Varaldo
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http://hepato.com/p_convivendo/102_port_convivendo.html

As hepatites nas Nações Unidas



20/06/2013 

As hepatites nas Nações Unidas


Na última terça-feira a rádio das Nações Unidas -Rádio ONU- deu destaque duas importantes ações que estão sendo desenvolvidas na hepatite C, epidemia que assola o mundo já tendo infectado 170 milhões de pessoas. 

Três ONGs brasileiras foram entrevistadas para contar as ações que a sociedade civil está realizando, dando destaque para o projeto "Bola começa com B e Campeonato começa com C" que está sendo realizado testando os operários que estão construindo os 12 estádios da Copa do Mundo 2014 e, também, ao lançamento do "World Hepatitis Fund" - Fundo Mundial da hepatite-. 

Na testagem dos operários já foram feitos 17 mil testes com uma prevalência de 1,35%, 230 pessoas não sabiam que tinham a hepatite C. A detecção tardia é o que causa muitos óbitos, morrem mais pessoas por culpa da hepatite C que pela AIDS, no Brasil e no mundo. 

Também foi anunciado por Humberto Silva o lançamento oficial do "Fundo Mundial da Hepatite", cerimônia que aconteceu a noite em New York com representantes do Brasil, Estados Unidos, Egito, Índia, Paquistão, Reino Unido, Ruanda e México. O fundo não objetiva ser mais uma ONG para se autodenominar líder ou representante das estimadas 2.000 ONGs que lutam pelas hepatites no mundo, pelo contrario, o "World Hepatitis Fund", com sede em New York captará recursos para ajudar as ONGs e associações de pacientes na realização de campanhas de divulgação e de testagem, Os recursos captados e sua aplicação serão controlados pela maior empresa de auditoria do mundo, a Price Waterhouse Coopers. 

Participaram da entrevista, Francisco Martucci, presidente da ONG "C Tem Que Saber C Tem Que Curar", Carlos Varaldo, presidente do "Grupo Otimismo de Apoio ao Portador de Hepatite" e Humberto Silva, presidente da "Associação Brasileira dos Portadores de Hepatites". 

É longo o caminho, será uma batalha difícil lutando em muitos casos contra governos que estão escondendo a hepatite C a colocando debaixo do cobertor da AIDS. Não pode se admitir que por falta de diagnostico menos de 10% dos infectados saibam da sua condição de saúde. Deveria ser considerado crime esconder da população que se não diagnosticados, 1 de cada 4 infectados com hepatite C vai desenvolver cirrose, câncer de fígado e morrera com aproximadamente 57 anos de idade. 

A exceção dos Estados Unidos que consciente do custo social e econômico que a progressão da doença ocasiona, está realizando uma ampla campanha com a qual pretende encontrar entre 600.000 e 8000.000 infectados. La maioria dos países está cometendo um genocídio com sua população ao não ter a coragem política de enfrentar a hepatite C. 

A entrevista na Rádio ONU se encontra em http://www.unmultimedia.org/radio/portuguese/2013/06/ongs-querem-maior-divulgacao-sobre-prevencao-e-cuidados-da-hepatite-c/ 

Carlos Varaldo
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FONTE:

http://hepato.com/p_geral/120_port_geral.html

Diferenças e semelhanças nas formas de transmissão da AIDS e da hepatite C



13/06/2013 

Diferenças e semelhanças nas formas de transmissão da AIDS e da hepatite C


A revista "World Journal of Hepatology" acaba de publicar um estudo realizado em 1.000 mulheres grávidas e 232 mulheres de maior idade que passaram por cirurgias objetivando encontrar infectadas com HIV (AIDS) e hepatites B e C e investigar a forma como foram infectadas. 

Os resultados de diversos estudos epidemiológicos demonstraram que a hepatite C é transmitida principalmente através de procedimentos médicos e instrumentos, enquanto que o vírus da AIDS (HIV) é predominantemente de transmissão sexual. 

A transmissão heterossexual da hepatite C é excepcional e pode ocorrer, do homem para a mulher, em ocasiões extremamente raras, em caso de lesão da mucosa vaginal ou menos raramente através da relação anal. 

Apenas 0,2% das 1.000 mulheres grávidas estavam infectadas com hepatite C. 

Entre as mulheres jovens que utilizavam preservativos para evitar a gravidez foi encontrado o menor índice de HIV (AIDS) enquanto uma soro prevalência surpreendentemente maior foi encontrada em mulheres jovens que usam preservativos para evitar infecções sexuais. 

Os resultados do estudo publicado na "World Journal of Hepatology" confirmam os de um estudo de caso-controle da mesma revista realizado em três centros de saúde Nova York e Oregon incluindo casos de hepatite aguda sintomática B e hepatite C acontecidos entre os anos de 2006 e 2008 em pessoas com mais de 55 anos de idade, encontrando que a fonte de contaminação se deu em unidades de saúde. 

A transmissão da hepatite C por uma seringa de injeção com sangue infectada é encontrada em 0,9% e até 2,2% dos casos conforme diversos estudos e em 0,1% e até 0,3% de casos de transmissão do HIV (AIDS), confirmando que a via de infecção com hepatite C é principalmente por exposição percutânea e não sexual. 

MEU COMENTÁRIO 

AIDS e hepatite C são realmente duas doenças totalmente diferentes, tanto nos danos que causam aos infectados como nas suas formas de transmissão. As duas se transmitem por sangue contaminada entrando por uma perfuração ou ferimento na pele de outra pessoa, mas enquanto a principal forma de transmissão da AIDS é sexual, a hepatite C raramente se transmite no sexo normal, sem ferimentos e, o mais surpreendente é que a possibilidade de transmissão no sexo anal é menor que no sexo vaginal, conforme demonstram vários estudos. 

Lamentavelmente alguns governos com conhecimento científico desatualizado, paralisados no tempo daquilo que se conhecia 10 anos atrás sobre hepatite C ainda insistem em colocar a hepatite C aos cuidados dos programas de AIDS. Esses gestores, encastelados nos seus cargos, são os símbolos do atraso e ignorância no conhecimento da hepatite C, sendo os culpados pelo aumento das mortes por causa da hepatite C, que desde 2007 já mata mais que a AIDS. 

Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:
- Hepatitis C virus and human immunodeficiency virus transmission routes: Differences and similarities - Francesca Cainelli - World J Hepatol. 2013 May 27; 5(5): 234-236.

- Epidemiological profiles of human immunodeficiency virus and hepatitis C virus infections in Malian women: Risk factors and relevance of disparities. - Bouare N, Gothot A, Delwaide J, Bontems S, Vaira D, Seidel L, Gerard P, Gerard C. - World J Hepatol. 2013;5:196-205. 


Carlos Varaldo
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FONTE:

http://hepato.com/p_transmissao_contagio/102_port_transmissao_contagio.html

Deficiência de vitamina D aumenta a carga viral na hepatite B

13/06/2013 

Deficiência de vitamina D aumenta a carga viral na hepatite B


Já é conhecida a importância da vitamina D na progressão da fibrose e no aumento da possibilidade de cura em infectados com hepatite C. Agora um estudo realizado na Alemanha incluindo 203 mono infectados com hepatite B, isto é, excluindo (não incluídos no estudo) pacientes com hepatite C, hepatite D ou AIDS e, também pacientes com câncer, abuso de bebidas alcoólicas ou qualquer outra doença maligna, que nunca tinham recebido qualquer tratamento antiviral tiveram avaliados durante dois anos, entre 2009 e 2010 os níveis de vitamina D mediante o exame 25-hidroxivitamina D. 

O resultado demonstra que 34% dos pacientes infectados com hepatite B tinham grave deficiência de vitamina D, menos de 10 ng/ml, 47% deficiência de vitamina D, entre 10 e 20 ng/ml e somente 19% apresentavam níveis considerados normais de vitamina D, em níveis acima de 20 ng/ml. 

Em infectados com carga viral (HBV-DNA) inferior a 2.000 IU/ml a média dos resultados do exame 25-hidroxivitamina D foi de 17 ng/ml e nos infectados com níveis acima de 2.000 IU/ml a média dos resultados do exame 25-hidroxivitamina D foi de somente 11 ng/ml, o qual foi considerado como um forte indicador de que níveis baixos de vitamina D aumentam a concentração do vírus nos infectados. 

Em infectados HBeAg positivos os níveis de vitamina D eram menores que nos infectados HBeAg negativos. 

Concluem os pesquisadores que os resultados confirmam uma associação entre baixos níveis de vitamina D e altas taxas de carga viral nos infectados com hepatite B. 

MEUS COMENTÁRIOS 

A Organização Mundial da Saúde alerta para a facilidade com que a hepatite B se transmite sexualmente, informando que é entre 50 e 100 vezes mais contagiosa sexualmente que a AIDS. Também informam que a hepatite B causa 600.000 mortes por ano no mundo. 

A cada dia novos estudos sobre a importância da vitamina D são publicados, não somente para infectados com hepatite, já ficando comprovado que qualquer pessoa com uma doença crônica, qualquer uma, ou em tratamento com drogas imussupressoras ou quimioterápicas apresenta baixos níveis de vitamina D quando medida pelo exame 25-hidroxivitamina D. 

Ainda não se conhece qual deveria ser o nível ideal, mas vários pesquisadores já falam que deveria se situar em 32 e 40 ng/ml. 

Muitos alimentos aumentam a vitamina D e quando necessário existem suplementos orais, mas somente será metabolizada e absorvida pelo organismo se a pessoa toma sol, entre 15 e 30 minutos umas três ou quatro vezes por semana, devendo ser o sol entre 10 e 15 horas para causar efeito na absorção da vitamina D. 

Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:
Low vitamin D serum concentration is associated with high levels of hepatitis B virus (HBV) replication in chronically infected patients - Farnik H , J Bojunga , Berger A , Allwinn R , Waidmann O , Kronenberger B , Keppler OT , Zeuzem S , Sarrazin C , Lange CM . - Hepatology. 2013. DOI: 10.1002/hep.26488 


Carlos Varaldo
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http://hepato.com/p_hepatite_b/103_port_hepatite_B.html

terça-feira, 11 de junho de 2013

Projeto de testagem da Hepatite C





Projeto de testagem da hepatite C "Bola Começa com B e Campeonato Começa Com C" ganha destaque internacional


No dia 17 de junho a "ONG C Tem que Saber C Tem que Curar", o "Grupo Otimismo de Apoio ao Portador de Hepatite" e a "Associação Brasileira de Portadores de Hepatite" estarão em New York para uma entrevista na Rádio das Nações Unidas, a Rádio ONU.

O projeto de testagem da hepatite C "Projeto Bola Começa com B e Campeonato Começa Com C" que está sendo realizado pelas três ONGs, testando para hepatite C os operários que constroem os estádios que sediarão os jogos da Copa do Mundo 2014 despertou a atenção internacional pelo ineditismo da medida.

O objetivo desse projeto é o de diagnosticar e medir a prevalência da Hepatite C nos trabalhadores da construção civil além de alertar jogadores do passado (aqueles que utilizaram de forma compartilhada pela veia substancia energética) a fazerem o teste da hepatite C.

As ONGs do Brasil estão dando o exemplo ao mundo que é possível mobilizar instituições e empresas quando o objetivo e despertar consciência para a importância da saúde e o combate a hepatite C. A "ONG C Tem que Saber C Tem que Curar" e o "Grupo Otimismo" estarão falando na Rádio ONU sobre os resultados dessa inciativa e a "ABPH" estará falando sobre o lançamento do Fundo Mundial de Hepatites, de sua iniciativa.



É estimado que até cinco milhões de brasileiros estejam infectados cronicamente com as hepatites B e C, doenças consideraras assassinas silenciosas pela falta de sintomas e que por falta de divulgação e dificuldades para realizar o teste de detecção somente 10% sabem da sua doença. As hepatites B e C se não diagnosticadas e tratadas levam a cirrose, ao câncer de fígado e consequente a morte.

Carlos Varaldo
hepato@hepato.com 
http://www.hepato.com







- MANIFESTO DE APOIO AO MINISTRO DA SAÚDE -

11/06/2013 

Exmo. Sr.
Dr. Alexandre Padilha
DD Ministro da Saúde do Brasil 



- MANIFESTO DE APOIO AO MINISTRO DA SAÚDE -


Prezado Ministro Padilha, 

As ONGs que lutam pelas hepatites virais abaixo assinadas apóiam o Senhor, independente do assunto ou mérito na decisão de exonerar a cúpula do Departamento DST/AIDS/Hepatites, ficando solidários com vossa atuação. 

Em diversas oportunidades as ONGs de hepatites levaram queixas e reclamações sobre a forma como éramos tratados no Departamento. Lamentavelmente poucas delas foram ouvidas e atendidas, mas consideramos que chegou o momento propicio para promover mudanças na estratégia de enfrentamento das hepatites B e C, uma epidemia que afeta aproximadamente até cinco milhões de brasileiros, número impressionante de infectados cronicamente, sete vezes mais que na AIDS. 

Compreenda que para poder enfrentar a epidemia de hepatite C será necessário quebrar paradigmas no referente ao tratamento, diagnostico, médicos especialistas e interiorização da medicina de qualidade nos estados. São estratégias que raramente poderão partir de um modelo estratificado que pretende copiar a mesma estratégia empregada nas últimas décadas no enfrentamento da AIDS. Especialmente a hepatite C por ser uma doença diferente no seu tratamento, que atinge público diferente, por tanto, se empregada a mesma estratégia estará condenada ao fracasso, tal qual aconteceu na paralisia comprovada dos últimos quatro anos com o número de pacientes tratados no SUS. 

Caro ministro, entendemos que o movimento social das hepatites deve ter o compromisso social e ético de participar de mudanças efetivas no grave cenário das hepatites virais no nosso país e estamos a total disposição para contribuir. 

Para tal sugerimos agendar logo, o mais rápido possível, uma audiência na qual apresentaremos diversas estratégias que podem ser implementadas no enfrentamento das hepatites, estratégias essas desenhadas e pensadas pelos seus maiores interessados, os próprios infectados. 

Assinam o manifesto: 

Grupo Otimismo de apoio ao Portador de Hepatite - Carlos Varaldo - Rio de Janeiro - RJ (1) 

Grupo Hercules de Apoio a Portadores de Hepatites Virais de Florianópolis - Anna M G Haensel - Florianópolis - C (1) 

GADA Grupo de Amparo ao Doente de Aids e Hepatites Virais - Júlio César Figueiredo Caetano - São José do Rio Preto - SP (1) 

ONG C Tem Que Saber C Tem Que Curar - Francisco Martucci - São Manuel - SP (1) 

Grupo ABC Vida de apoio ao Portador de Hepatite - Francisca Agrimeire Leite - Fortaleza - CE (1) 

Grupo Gênesis de Apoio a Portadores de Hepatite de Niterói - Maria Cândida Pita - Niterói - RJ (1) 

Grupo Hercules - Coordenadoria de Doações e Transplantes de Fígado - Olga Lúcia Viégas Marcondes - Blumenau - SC (1)

ATX-BA - Associação de Pacientes Transplantados da Bahia - Márcia Fraga Maia Chaves - Salvador - BA (1) 

Grupo UNA-C - de Apoio a Portadores de Hepatite C - Rosangela Eleres Cortez Moreira - São Luís - MA (1) 

Grupo Hepato Certo de Apoio a Portadores de Hepatite C - Affonso Sylvestre - Petrópolis - RJ (1) 
Grupo ARAÇAVIDA de Araçatuba - Faustina Amorin da Silva - Araçatuba - SP (1) 

APAF - Associação Paraense dos Amigos do Fígado - Benedito Ferreira de Almeida - Belém - PA (1) 

MegLon - Grupo Margarete Barella de Apoio aos Portadores de Hepatite de Londrina e Região - Telma Alcazar - Londrina - PR (1) 

Grupo Desbravador/SC de Apoio aos Portadores de Hepatites Virais - Gilberto Barella - Chapecó - SC (1) 

Instituto Oncoguia - Luciana Holtz - São Paulo - SP (1) 

NAPHE - Núcleo de Assistência aos Pacientes Hepáticos - Laís Coutinho - Recife - PE (1) 

Grupo Direito de Viver de Apoio a Portadores de Hepatite C - Ubirajara Silva Martins - Barretos - SP (1) 

(1): ONGs associadas da ALIANÇA INDEPENDENTE DOS GRUPOS DE APOIO - AIGA - Aliança Brasileira pelos Direitos Humanos e o Controle Social nas Hepatites www.aigabrasil.org 



FONTE:

http://hepato.com/p_geral/118_manifesto.html




sábado, 8 de junho de 2013

Progressão da fibrose nas crianças com hepatite C


10/06/2013 

Progressão da fibrose nas crianças com hepatite C


Poucos estudos existem para avaliar a progressão da fibrose nas crianças infectadas com hepatite C que não recebem tratamento. 

Um estudo retrospectivo para avaliar alterações histológicas quando da comparação de duas biópsias foi realizado por pesquisadores dos Estados Unidos. 

Foram acompanhadas 44 crianças infectadas com hepatite C sem outras doenças que possam afetar o fígado que realizaram biópsias repetidas em oito centros médicos. 

Todas as biópsias foram avaliadas por um único patologista para determinar a inflamação, fibrose e esteatose e os resultados foram correlacionados com os dados demográficos das crianças, a idade da criança ao realizar a biopsia, o tempo estimado de ter acontecido a infecção e os resultados de exames como o da transaminase ALT. 

A via de transmissão da hepatite C aconteceu no parto em 57% das crianças e por transfusão de sangue em 39% delas. O genótipo 1 afetava a 84% das crianças. 

Duas biópsias com um intervalo médio de tempo de 5,8 anos foram realizadas em cada criança, sendo a primeira aos 8,6 anos em media e a segunda na idade media de 14,5 anos. 

Ao se realizar a primeira biopsia o tempo de infecção foi estimado em 7,7 anos e na realização da segunda biopsia as crianças já completavam 13,5 anos de infecção em media. Os resultados dos exames de sangue não apresentavam diferenças significativas quando da primeira ou segunda biopsia. 

RESULTADOS 

- A inflamação foi mínima em aproximadamente 50% das biópsias. 

- 16% das crianças não desenvolveram nenhuma fibrose. 

- 73% das crianças na primeira biopsia e 64% na segunda biopsia apresentavam somente fibrose mínima, limitada somente ao portal/periportal. 

- A proporção de crianças com fibrose avançada ou cirrose aumento de 11% na primeira biopsia para 20% na segunda biopsia. 

Concluem os autores que embora as crianças não apresentam uma progressão significativa de doença no fígado, foi observado que em um período de cinco anos 29,5% das crianças apresentam um agravamento no grau de fibrose, alertando que poderão existir implicações de longo prazo para o tempo transcorrido entre as biopsias e as decisões de tratamento. 

MEU COMENTÁRIO 

Os resultados do estudo auxiliam o médico na decisão de recomendar, ou não, o tratamento antiviral a uma criança. 

Devemos considerar que submeter uma criança a varias e repetitivas biopsias não é o indicado, mas afortunadamente com a chegada de métodos não invasivos de biopsia por imagem, como o Fibroscan, é possível realizar avaliações do estado do fígado em menores períodos de tempo, o que auxilia grandemente o médico para poder tomar uma decisão acertada. 

Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:
Evaluating progression of liver disease from repeat liver biopsies in children with chronic hepatitis C- a retrospective study - Mohan P, Barton BA, Narkewicz MR, Molleston JP, Gonzalez-Peralta RP, Rosenthal P, Murray KF, Haber B, Schwarz KB, Goodman ZD - Hepatology. 2013 May 23. doi: 10.1002/hep.26519. 


Carlos Varaldo
www.hepato.com
hepato@hepato.com 

FONTE:

http://hepato.com/p_criancas/101_port_criancas.html

Como posso ajudar um amigo ou familiar que está em tratamento?


10/06/2013 


Como posso ajudar um amigo ou familiar que está em tratamento?


Lembre sempre... 

1) Você não pode curar seu amigo ou familiar, mas pode ajudar muito na recuperação dele. 

2) Independente de seus esforços, os sintomas podem se tornar piores, ou podem melhorar. 

3) Se você tiver muito ressentimento, estará atuando de forma errada. 

4) Pode ser duro para você aceitar a doença; imagine então como é para o amigo ou familiar doente. 

5) A aceitação da doença por todos do grupo pode ser útil, mas não necessário. 

6) Você pode aprender algo sobre você mesmo por meio do convívio com um amigo ou familiar que esteja passando pela doença. 

7) Separe a pessoa da doença. Ame a pessoa, até mesmo se você odeia o vírus. 

8) Os efeitos colaterais do tratamento devem ser separados do estado de espírito da pessoa. 

9) Não é bom para você ser negligente. Você tem necessidade dos outros e também pode precisar de atenção algum dia. 

10) Suas chances de contrair hepatite C no contato casual ou sexual com um amigo ou familiar são extremamente baixas, tomando-se pequenas precauções para evitar contato com o sangue. 

11) A doença de um amigo ou familiar não é nada vergonhosa. Realmente você poderá sofrer discriminação de pessoas apreensivas que desconhecem a doença. Explique a eles do que se trata. 

12) Ninguém é culpado. 

13) Não esqueça de seu senso de humor. 

14) Pode ser necessário revisar suas expectativas de vida. 

15) Reconheça a coragem notável que seu amigo ou familiar está demonstrando ao lidar com a doença e o tratamento. 

16) A pior resposta à sobrevivência é freqüentemente a de fechar sua vida emocional. Resista a isso. 

17) As relações familiares podem estar em desordem na confusão sobre a doença. Pode ser necessário renegociar as coisas de modo a reestruturar a sua relação, emocional e fisicamente. 

18) Reconhecer que uma pessoa limitou as suas capacidades não deve significar que você não espera nada mais dele. 

19) Depois de negação, tristeza e raiva, vem a aceitação 

20) Doenças são uma parte do livro da vida. Saiba compreender. 

21) É absurdo acreditar que você pode tratar uma doença física como hepatite com conversa, embora conselhos possam ser úteis e muitas vezes ajudem. 

22) Os sintomas e o comportamento podem mudar com o passar do tempo. 

23) A desordem pode ser periódica, com tempos de melhoria e deterioração, independente de suas esperanças ou ações. 

24) Não assuma a total responsabilidade por seu amigo ou familiar doente. 

25) As necessidades da pessoa doente não são sempre as primeiras a serem atendidas. 

26) Uma doença crônica afeta a família inteira, não só a pessoa que de fato tem a doença. 

27) É natural experimentar um caldeirão de emoções como aflição, culpa, medo, raiva, tristeza, confusão etc. Você, não o amigo ou familiar doente, é responsável por seus próprios sentimentos. 

28) Você não está só. Compartilhar seus pensamentos e sentimentos com outros, freqüentando um grupo de apoio, será útil e benéfico para todos. 

Carlos Varaldo
www.hepato.com
hepato@hepato.com 



FONTE:

http://hepato.com/p_psi/105_port_psi.html