30/07/2013
Resumo do apresentado sobre o tema no Hepatologia do Milênio 2013
A hepatite C provoca em alguns infectados uma maior desidratação do organismo, afetando consequentemente a pele o que ocasiona problemas dermatológicos. Os medicamentos para tratamento da hepatite C aumentam os problemas dermatológicos. A seguir vemos a relação dessas complicações, colocando entre parêntesis uma breve e simples descrição de cada uma, não em termos médicos e sim para os pacientes poder compreender de que se trata.
As manifestações dermatológicas que estão mais frequentemente associadas a hepatite C são:
- Crioglobulinemia (doença vascular que causa dores nas articulações),
- Porfiria cutânea tarda (aparece em áreas expostas ao sol da pele, tais como as mãos e o rosto surgem bolhas),
- Livedo Reticular (doença vascular caracterizada por manchas púrpuras na pele),
- Vasculite Leucocitoclasica (Vasculites e Eritema nodoso),
- Eritema acral (reação cutânea relativamente frequente produzida por diferentes medicamentos, aparecendo frequentemente em pacientes em tratamento quimioterápico do câncer).
As manifestações que podem estar associadas a hepatite C são:
- Liquen plano (doença que afeta a mucosa e a pele e apresenta natureza inflamatória crônica),
- Síndrome de Sjogren (doença auto-imune que diminui a produção de lágrimas e saliva)
- Prurido (Coceira),
- Urticaria (erupção cutânea, a pele fica vermelha),
- Poliarterite Nodosa (inflamação das artérias).
As manifestações que podem estar associadas a hepatite C, mas são muito incomuns de se manifestar são:
- Eritema nodoso (processo inflamatório),
- Polimorfo (presença na pele de lesões avermelhadas e salientes),
- Pioderma gangrenoso (dermatose inflamatória e ulcerativa),
- Granuloma anular (erupção avermelhada formando um círculo ou anel),
- Behcet (doença que provoca sintomas em várias partes do corpo, provocando úlceras orais, aftas, úlceras de genitais, etc.),
- Psoriase (doença inflamatória da pele).
O Interferon provoca efeitos pouco graves na pele, como prurido, ressecamento da pele, pequenas inflamações e perda momentânea do cabelo.
Quando o interferon é associado a Ribavirina aumenta o risco de dermatoses devendo ser tratada com medicamentos tópicos (corticoide de media potencia e cremes emolientes).
Com o Telaprevir podem acontecer manifestações cutâneas graves, mais frequentes após 4 semanas de uso.
Recomendações quando de problemas dermatológicos com o Telaprevir, como RASH devem ser avaliadas conforme a gravidade:
- No grau 1 (leve) quando acontece erupção localizada com ou sem prurido geralmente não precisa interromper o tratamento. O procedimento nestes casos é utilizar cremes emolientes e corticóides tópicos sem interromper a medicação.
No grau 2 (moderado) quando acontece erupção cutânea difusa menor a 50% da superfície do corpo envolvida, com ou sem prurido, pode envolver a mucosa. Se progredir, suspender o Telaprevir e se após 7 dias não diminui ou piora suspender todos os medicamentos. O procedimento nestes casos e utilizar cremes emolientes, corticóides tópicos e anti-histamínicos orais.
No grau 3 (grave) com rash que atinge mais de 50% superfície do corpo, ou com bolhas, ulcerações em mucosas, purpura palpável, deve se parar imediatamente o Telaprevir. É raro de acontecer um grau 3 de rash, mas deve se suspender o Telaprevir e se após 7 dias não diminui ou piora suspender todos os medicamentos.
No caso de reações cutâneas muito graves deve se suspender todos os medicamentos e encaminhar o paciente a urgência médica (UTI).
O Rash no tratamento com Telaprevir geralmente tem inicio entre a semana 5 e 10 do tratamento.
Cuidados a tomar nas erupções cutâneas:
- Diagnosticar o mais precocemente possível as reações
- Utilizar Hidratantes
- Tomar banhos mornos e rápidos
- Usar sabões hidratantes
- Evitar exposição solar e auto medicação.
e-mail: hepato@hepato.com - e-mail opcional: grupootimismo@gmail.com
www.hepato.com
FONTE:
http://hepato.com/p_efeitos_adversos/104_port_efeitos.html
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