sábado, 22 de março de 2014

Denúncia por discriminação dos infectados com Hepatite

 
Efetuada denuncia por discriminação dos infectados com hepatite no Ministério Publico Federal


Na última quarta feira, 19 de março, o Grupo Otimismo protocolou no Ministério Publico Federal -MPF- em Brasília, procedimento investigatório denunciando a discriminação existente para os infectados com hepatite no Ministério da Saúde. Pacientes com AIDS e com Hepatite são tratados de forma diferente no referente ao recebimento dos medicamentos.

Solicitamos a abertura de procedimento investigatório para determinar qual setor do Ministério da Saúde é o responsável pela discriminação, identificando inclusive o funcionário responsável.


Explicando resumidamente os fatos e motivos:

- Considerando que os medicamentos para tratamento da hepatite estão classificados na relação de medicamentos "especializados", diferentemente dos medicamentos para tratamento da AIDS que são classificados como medicamentos "estratégicos".

- Considerando que há sete anos ambos os medicamentos são comprados de forma centralizada no Ministério da Saúde e distribuídos gratuitamente aos estados, por tanto, ambos deveriam ser considerados medicamentos estratégicos.

- Considerando que há mais de quatro anos as hepatites foram INTEGRADAS ao Departamento DST/AIDS do ministério, passando a serem epidemias cuidadas pela mesma equipe técnica, incluindo a publicação de protocolos, normas, fluxos de laboratórios e até o tratamento é realizado por equipes de profissionais da saúde nos mesmos serviços pacientes com HIV/AIDS e hepatites.

- Considerando que o movimento social "de forma unânime" há muitos anos reivindica que os medicamentos para hepatites sejam considerados estratégicos para possuir o mesmo fluxo de distribuição que possuem os medicamentos da AIDS.

- Considerando que para receber um medicamento estratégico o processo, chamado SICLOM, é muito simples. Com a receita do médico o paciente recebe os medicamentos no mesmo hospital ou no máximo na farmácia do município, muitas vezes no mesmo dia. Em todo Brasil são aceitas receitas de médicos particulares ou de planos de saúde. O SUS fornece os medicamentos respeitando o direito constitucional dos cidadãos.

- Considerando que para receber os medicamentos da hepatite o processo é complicado, demorado e burocrático, pois depende de formulários como LME e APAC que devem passar por um autorizador estadual e até em alguns casos por um Comitê. Quando finalizado o processo burocrático o paciente deverá se cadastrar na farmácia estadual de alto custo. O tempo entre a receita e iniciar o tratamento pode demorar desde 60 dias até quase 1 ano em casos extremos. A burocracia é tanta que leva a hepatite C a ser a principal causa da judicialização.

- Considerando que o principio básico do SUS é a igualdade e equidade no atendimento, onde todos devem ser tratados igualmente, sem privilégios para e qualquer pessoa ou doença.


Explicando o porque da solicitação de intervenção do Ministério Público Federal:

Inúmeras promessas recebidas pelo movimento social por diversos ministros que passaram pela pasta nos últimos anos e, também, por diversos responsáveis do Programa DST/AIDS/HEPATITES desde 2007, inclusive em duas oportunidades com compromissos por escrito (anexados na ação no MPF) assegurando ao movimento social que até 2012 os medicamentos estariam classificados como estratégicos, não restou outro caminho que procurar o Ministério Público Federal em mais uma tentativa de solucionar um problema que se arrasta por anos a fio prejudicando e discriminando os infectados com hepatite.

Caberá ao Ministério Público determinar qual Secretaria do Ministério da Saúde é contraria a oferecer aos infectados com hepatite o mesmo fluxo de entrega dos medicamentos existente para os infectados com HIV-AIDS, identificando seu responsável. O fluxo de entrega dos medicamentos para tratamento da AIDS é de total sucesso e controla efetivamente a utilização dos medicamentos e a resposta terapêutica, um modelo excelente copiado por muitos países no mundo e orgulho da saúde pública brasileira.

Uma vez identificado qual a secretaria acredito que o MPF aguardará somente por alguns dias para tentar uma solução amigável, mas continuando o responsável pela secretaria insistindo de forma recalcitrante na discriminação contra os infectados com hepatite, deverá o Ministério Publico abrir processo criminal por discriminação, não contra o Ministério da Saúde e sim contra a pessoa física (funcionário) que se encontra responsável pelo setor.

Quinta e sexta-feira participei do "Prevention and Control of Viral Hepatitis in Latin America and Brazil: Lessons Learnt and the Way Forward", evento organizado pela OPAS, OMS e Ministério da Saúde e durante minha apresentação sobre "O papel da sociedade civil para definir uma resposta nacional na hepatite viral" comuniquei a realização da denuncia.

Considero ser triste chegar ao ponto de ter que solicitar a abertura de um processo criminal, passível de prisão ou no mínimo improbidade administrativa se o assunto não for rapidamente solucionado pelo Ministro da Saúde, mas como grupo de pacientes a nossa missão é a defesa dos infectados com hepatites. A saúde dos infectados não pode ser prejudicada pela conduta (absurda) de qualquer funcionário público.

Finalizando, agradeço a nossa representante em Brasília, Heloisa Amélia Gonçalves Caiado, competente advogada que assinou conjuntamente a solicitação do procedimento e conhecedora dos caminhos no MPF facilitou o protocolo do mesmo.

Vamos aguardar e informaremos qualquer novidade.
Carlos Varaldo
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domingo, 16 de março de 2014

É justo o preço dos novos medicamentos para hepatite C?



É justo o preço dos novos medicamentos para hepatite C?

17/03/2014 

Ninguém questiona que Sofosbubir e Simeprevir são dois medicamentos muito mais eficazes que os atuais tratamentos para hepatite C utilizando os inibidores de proteases Boceprevir e Telaprevir, mas dependendo da analise e ponto de vista a questão passa a ser se o preço elevado compensa os benefícios que podem ser conseguidos. 

Um painel de especialistas da Califórnia, nos Estados Unidos, disse que os preços atuais representam um "valor baixo" quando se considera a vida das pessoas, os anos de vida com qualidade ganhos e a redução de custos futuros com o agravamento dos pacientes. 

O custo do Sofosbuvir nos Estados Unidos é de 84.000.- dólares ( R$. 197.000,00) sendo que alguns pacientes deverão tratar pelo dobro do tempo, chegando então a 168.000.- dólares (R$. 294.000,00) por tratamento. O preço do Simeprvir é de 66,000.- dólares (R$. 155.000,00), mais o custo do interferon peguilado. 

Quantos pacientes podem pagar esses preços? Planos de Saúde e governos possuem capacidade financeira para assumir tais custos em um número elevado de pacientes? É evidente que estamos perante uma encruzilhada, o morre o infectado com hepatite C ou morrem os sistemas de saúde público e privado. 

No Brasil tratar um paciente no sistema público de saúde durante 48 semanas com interferon peguilado e ribavirina custa uns R$. 12.000,00, utilizando um dos inibidores de proteases o custo passa para uns R$. 55.000,00. Em medicamentos o orçamento é de aproximadamente 450 milhões de reais para tratar uns 12.000 pacientes a cada ano.. 

Imaginando, já que isso nunca vai acontecer, que todos sejam tratados com o Sofosbuvir. Se considerarmos os tratamentos ao preço de mercado seriam necessários mais de dois bilhões de Reais. Como o governo negocia muito bem o preço seria possível se chegar a uma cifra de mais ou menos de 900 milhões de Reais, o dobro do atual orçamento. Seria impossível um aumento de tal magnitude no orçamento. 

Será que o governo aceitaria aumentar a verba para medicamentos das hepatites em 100%? Eu pessoalmente duvido muito que isso possa ser obtido com infectados que ficam em silencio, que não colocam a boca no trombone, que não se manifestam. 

Vamos voltar aos Estados Unidos. Estão os que opinam que a vida não tem preço e os novos medicamentos devem ser oferecidos a todos, independente do preço. Outros especialistas opinam que até chegarem outros medicamentos com o que consequentemente o preço será reduzido, deveria se oferecer os tratamentos ao preço atual para somente os casos mais graves, mais avançados da doença. Acredito que este posicionamento será o que vai ser adotado inicialmente pelos governos. 

Muito me preocupa a reação e posicionamento radical da "AIDS Healthcare Foundation" que solicitou ao sistema público de saúde MEDICAID dos Estados Unidos para não fornecer o medicamento Sofosbuvir para tratamento livre de interferon da hepatite C até que o fabricante não baixe o preço, forçando assim a empresa a negociar com o governo. 

Os infectados com HIV/AIDS argumentam que elevar os custos de saúde no sistema público vai ocasionar uma perda da qualidade de atendimento em cuidados de saúde que atualmente salvam vidas. Se aparecer um medicamento que "cure" de forma definitiva a AIDS, será que os grupos de HIV/AIDS estariam colocando a mesma ponderação ou estariam lutando com todas as armas para conseguir o novo tratamento? Não deveriam por principio ético ter solicitado que deixem de comprar os medicamentos para tratamento da AIDS, que alguns também são extremamente caros? 

Por último, para melhor explicar minha indignação, MEDICAID é o programa de saúde pública pata atender os pobres, os sem recursos. Será que deve se negar tratamento somente aos pobres, em alguns casos os condenando a morte para forçar uma baixa no preço. 

Afortunadamente a "AIDS Healthcare Foundation" é uma voz isolada no movimento da AIDS. Outros movimentos da AIDS já estão trabalhando em conjunto com Médicos sem Fronteiras, Medicinas do Mundo, Fundação Bill Clinton e outros, na Organização Mundial da Saúde para uma negociação global objetivando se obter um preço justo. 

É dessa forma, sem olhar somente para o próprio umbigo, que a discussão sobre preços justos deve ser realizada. Não é humano querer prejudicar infectados pobres para forçar a negociação. 

Carlos Varaldo
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Qual será o preço do tratamento da hepatite C nos próximos 15 anos?




Qual será o preço do tratamento da hepatite C nos próximos 15 anos?

03/02/2014 

Pesquisa publicada na revista Clinical Infectious Diseases calculou quanto poderá chegar a custar o tratamento da hepatite C nos próximos 15 anos quando o tratamento for possível em larga escala nos países em desenvolvimento, chegando a estimativa que o tratamento oral de 12 semanas de duração deverá se situar entre 100 e 250 dólares. 

O estudo foi realizado por pesquisadores do Departamento de Farmacologia e Terapêutica da Universidade de Liverpool, Reino Unido, analisando a combinação de diversos medicamentos orais já existentes ou em fases finais das pesquisas para tratamento de pacientes que receberiam tratamento antiviral pela primeira vez. 

Os novos medicamentos chamados de DAAs têm mecanismos de ação e estruturas químicas similares aos anti-retrovirais para a infecção pelo HIV/AIDS. Anti-retrovirais genéricos ou similares são atualmente fabricados a preços muito baixos, possibilitando tratar 10 milhões de pessoas com HIV/AIDS nos países em desenvolvimento. 

Quatro DAAs para tratamento da hepatite C atualmente na Fase III de desenvolvimento ou já aprovados(daclatasvir, sofosbuvir, simeprevir e faldaprevir) e a ribavirina foram classificados pela estrutura química, peso molecular, a dose diária total e a complexidade da síntese para produzir um medicamento genérico, calculando o preço final de produção com base no tratamento de no mínimo um milhão de pacientes por ano para cada medicamento. 

Os custos de produção variam para cada produto devido a sua complexidade, estimando então para tratamentos de 12 semanas de duração em pacientes nunca antes tratados nos seguintes valores: 

- Ribavirina - Entre 21 e 63 dólares para 12 semanas de tratamento. 

- Daclatasvir - Entre 10 e 30 dólares para 12 semanas de tratamento. 

- Sofosbuvir - Entre 68 e 136 dólares para 12 semanas de tratamento. 

- Faldaprevir - Entre 100 e 210 dólares para 12 semanas de tratamento. 

- Simeprevir - Entre 130 e 270 dólares para 12 semanas de tratamento. 

MEU COMENTÁRIO 

Sei que é um sonho que levará muito tempo, muitos anos para se concretizar, mas sonhar não custa nada e seja como seja é uma esperança para algum dia poder chegar a oferecer tratamentos a todos os infectados dos países em desenvolvimento, os mais carentes de recursos. 

Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:
Minimum costs for producing Hepatitis C Direct Acting Antivirals, for use in large-scale treatment access programs in developing countries - Hill A, Khoo S, Fortunak J, Simmons B, Ford N. - Department of Pharmacology and Therapeutics, Liverpool University, UK. - Clin Infect Dis. 2014 Jan 6. 


Carlos Varaldo
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Sociedade Médica Americana atualiza o consenso de tratamento da hepatite C

Sociedade Médica Americana atualiza o consenso de tratamento da hepatite C

31/01/2014 

É de bater palmas a atuação de uma sociedade médica como a dos Estados Unidos. A American Association for the Study of Liver Diseases (AASLD) juntamente com a Infectious Diseases Society of America (IDSA), menos de 60 dias após a aprovação do Sofosbuvir e o Simeprevir já publicaram as recomendações de consenso para os médicos saber como tratar a hepatite C com os novos medicamentos, ainda, colocando que assim que novos medicamentos sejam aprovados imediatamente serão realizadas atualizações no consenso. 

É assim que uma sociedade médica deve trabalhar. Em alguns países há dois anos que utilizam o Boceprevir e o Telaprevir e ainda as sociedades médicas não se reuniram para escrever o consenso para os médicos ter como guia de tratamento, ficando presos a bula dos medicamentos ou ao Protocolo do governo. Existe muita diferença entre Consenso e Protocolo. Consenso é a melhor forma de tratar conforme as evidencias científicas e Protocolo é aquilo que dentro das limitações financeiras o governo pode oferecer no sistema público. Tanto o Consenso como o Protocolo são validos e necessários. 

Nas recomendações de consenso publicadas é dado um tiro de misericórdia no boceprevir e no telaprevir, decretando a morte de ambos, não sendo recomendada a utilização em nenhum dos esquemas de tratamentos.. 


Recomendações de Consenso da AASLD e da IDSA nos Estados Unidos


Resumidamente no relativo a tratamento da hepatite C o Consenso Americano encontrado integralmente em http://www.hcvguidelines.org/ recomenda que nos pacientes com fibrose mínima e até alguns casos de F2 deve se considerar a chegada nos próximos meses de combinações de medicamentos orais que atenderão a todos os genotipos, altamente eficazes. 

Tratamento do Genótipo 1 

- Esquema recomendado para pacientes nunca antes tratados com genótipo 1 que podem tomar interferon: Sofosbuvir + Ribavirina + interferon peguilado durante 12 semanas. 

- Esquema recomendado para pacientes nunca antes tratados com genótipo 1 que não podem tomar interferon: Sofosbuvir + Simeprevir com ou sem Ribavirina durante 12 semanas. 

- Esquema recomendado para pacientes nunca antes tratados com genótipo 1 que podem tomar interferon: Simeprevir + Ribavirina + interferon peguilado durante 24 semanas, sendo necessário o teste do polimorfismo Q80K antes do tratamento. 

- Esquema recomendado para pacientes nunca antes tratados com genótipo 1 que não podem tomar interferon: Sofosbuvir + Ribavirina durante 24 semanas. 

- Não é recomendado em pacientes nunca antes tratados, com genótipo 1, tratamento com Boceprevir ou telaprevir combinado ao interferon peguilado e ribavirina por 24 ou 48 semanas. Não é recomendada a monoterapia com interferon peguilado, com Ribavirina ou com qualquer medicamento oral até o momento aprovado. 


Tratamento do Genótipo 2 

- Esquema recomendado para pacientes nunca antes tratados: Sofosbuvir + Ribavirina durante 12 semanas. 

- Não é recomendado em pacientes nunca antes tratados, com genótipo 2, tratamento com Interferon peguilado e ribavirina durante 24 semanas. Não é recomendada a monoterapia com interferon peguilado, com Ribavirina ou com qualquer medicamento oral até o momento aprovado. Não é recomendada a utilização do Boceprevir, Telaprevir ou Simeprevir. 


Tratamento do Genótipo 3 

- Esquema recomendado para pacientes nunca antes tratados: Sofosbuvir + Ribavirina durante 24 semanas. 

- Esquema alternativo para pacientes nunca antes tratados que podem receber interferon peguilado: Sofosbuvir + Ribavirina + Interferon peguilado durante 12 semanas. 

- Não é recomendado em pacientes nunca antes tratados, com genótipo 2, tratamento com Interferon peguilado e ribavirina durante 24 ou 48 semanas. Não é recomendada a monoterapia com interferon peguilado, com Ribavirina ou com qualquer medicamento oral até o momento aprovado. Não é recomendada a utilização do Boceprevir, Telaprevir ou Simeprevir. 


Retratamento do Genótipo 1 em pacientes não respondedores a um tratamento anterior 

- Esquema recomendado para pacientes não respondedores a um tratamento com interferon peguilado e ribavirina (sem qualquer inibidor de proteases): Sofosbuvir + Simeprevir com ou sem Ribavirina durante 12 semanas. 

- Esquema recomendado para pacientes não respondedores a um tratamento com interferon peguilado e ribavirina (com ou sem utilização de um dos inibidores de proteases): Sofosbuvir por 12 semanas + Ribavirina + interferon peguilado por 12 ou 24 semanas. 

- Esquema alternativo para pacientes não respondedores a um tratamento com interferon peguilado e ribavirina (sem qualquer inibidor de proteases): Simeprevir durante 12 semanas+ Ribavirina + interferon peguilado até completar 48 semanas. 

- Não é recomendado em pacientes não respondedores a um tratamento anterior o retratamento com Boceprevir ou telaprevir combinado ao interferon peguilado e ribavirina por 24 ou 48 semanas. Não é recomendada a monoterapia com interferon peguilado, com Ribavirina ou com qualquer medicamento oral até o momento aprovado. 


Tratamento de co-infectados HIV/HCV infectados com o genótipo 1 

- Esquema recomendado para co-infectados nunca antes tratados ou não respondedores a um tratamento anterior: Sofosbuvir + Ribavirina + interferon peguilado durante 12 semanas. 

- Esquema recomendado para co-infectados nunca antes tratados ou não respondedores a um tratamento anterior que não podem receber o interferon: Sofosbuvir + Ribavirina durante 24 semanas. 

- Esquema recomendado para co-infectados nunca antes tratados ou não respondedores a um tratamento anterior que não podem receber o interferon: Sofosbuvir + Simeprevir, com ou sem Ribavirina durante 12 semanas. 

- Esquema recomendado para co-infectados não respondedores a um tratamento anterior que não podem receber o interferon: Sofosbuvir + Simeprevir, com ou sem Ribavirina durante 12 semanas. 

- Esquema recomendado para co-infectados não respondedores a um tratamento anterior utilizando Boceprevir ou Telaprevir: Tratar com as mesmas recomendações dos mono-infectados. 

- Esquema recomendado para co-infectados com os genotipos 2 ou 3 nunca antes tratados ou não respondedores a um tratamento anterior: GENÓTIPO 2: Sofosbuvir + Ribavirina durante 12 semanas. GENÓTIPO 3: Sofosbuvir + Ribavirina durante 24 semanas. 


Recomendações para prevenção de novas infecções 

- Homens que fazem sexo com homens, infectados com HIV/AIDS, pessoas com múltiplos parceiros sexuais ou com infecções sexualmente transmissíveis devem ser encorajados a utilizar preservativos. 

- Pessoas infectadas somente com hepatite C devem ser informadas que o risco de transmissão sexual é baixo, o que pode justificar não utilizar preservativos se a relação sexual é monogâmica. 

- Superfícies domesticas e utensílios contaminados com sangue de uma pessoa com hepatite C devem ser limpos com uma diluição de 1 parte de água sanitária para nove partes de água. Durante a limpeza devem ser utilizadas luvas. 

Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:
American Association for the Study of Liver Diseases (AASLD) and Infectious Diseases Society of America (IDSA)constantes em http://www.hcvguidelines.org/ 


Carlos Varaldo
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Novo Ministro da Saúde

Novo Ministro da Saúde
O que podemos esperar nas hepatites?

22/01/2014 

Foi indicado para suceder o Ministro Alexandre Padilha o Dr. Arthur Chioro, o qual deverá assumir logo no inicio de fevereiro. 

O Dr. Arthur Chioro apresenta (resumidamente) o seguinte currículo. É graduado em Medicina, Mestre em Saúde Coletiva e Doutor em Ciências pelo Programa de Saúde Coletiva. Foi Diretor do Departamento de Atenção Especializada do Ministério da Saúde (2003-2005). Desde janeiro de 2009 exerce o cargo de secretário municipal de saúde de São Bernardo do Campo-SP. Em 2011, tornou-se presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo - COSEMS-SP. 

E o que podemos esperar dele em relação as ações nas hepatites? Acreditamos que se for confirmada a indicação muito podemos esperar, dado seu histórico e comprometimento com a causa. 

Tudo começa quando quatro ONGs reunidas em São Paulo decidiram se unir e formar uma espécie de “Quatro Mosqueteiros” para lutar se necessário até a morte por mudanças na política do governo. Para tal convidaram o Dr, Evaldo Stanislau para os assessorar e passar a coordenar os trabalhos e traçar estratégias. 

A primeira ação, que foi o que consideramos o “ponta pé” inicial de tudo o que até o momento está acontecendo foi a realização do evento “A Cara da Hepatite C” em São Paulo no dia 04 de agosto de 2011 com mais de 250 participantes, tendo com objetivo o subtema "A epidemia oculta: os desafios no enfrentamento da hepatite C no Brasil!

O nome do evento “A Cara da Hepatite C” não era referente a dar visibilidade a hepatite C e sim denunciar que dentro do Programa DST/AIDS as hepatites não tinham um líder, nem sequer um responsável para cuidar delas, não tinham nem sequer uma cara. O Departamento DST/AIDS a considerava uma doença sem importância, na época a hepatite C era a prima pobre da AIDS. 

Aquela ação foi o primeiro protesto denunciando que a hepatite C estava sendo ignorada desde que aconteceu a integração dois anos antes no Departamento DST/AIDS, foi o ponta pé inicial das reivindicações e denuncias as quais com o correr do tempo foram se somando outras associações de pacientes. 

No evento, entre os palestrantes e debatedores estava justamente o Dr. Arthur Chioro, como Presidente do COSEMS-SP o qual foi veemente nas colocações sobre a urgente necessidade de estruturar uma equipe para cuidar das hepatites, com total autonomia e recursos. 

Por tanto, devemos estar altamente esperançosos em relação à força e atenção que o Dr. Arthur Chioro como ministro vai dar as hepatites no Brasil, dando continuidade à atual gestão do Dr. Fabio Mesquita que em seis meses no cargo já criou uma equipe especializada e exclusiva para cuidar das hepatites. Assim como nesses seis meses estamos trabalhando lado a lado com o Departamento DST/AIDS/Hepatites, continuaremos dando total apoio ao Dr. Arthur Chioro como ministro da saúde. A única forma de vencer as hepatites é unindo todos os atores, todas as forças, pois ninguém conseguirá vencer se trabalhar isolado, sozinho. 

Além do Dr. Arthur Chioro participaram do evento o Dr. Jarbas Barbosa,Secretário de Vigilância Epidemiologia/MS, os diretores do Programa DST/AIDS/Hepatites do Ministério da Saúde, os presidentes das frentes parlamentares das hepatites da Câmara Federal e da Assembléia Legislativa de São Paulo, Dra. Umbeliana, Coordenadora do Programa Estadual SP, do CONASEMS e outras autoridades. 

O evento foi coordenado pelo Dr. Evaldo Stanislau Affonso de Araújo. A organização foi um trabalho conjunto das ONGs Grupo Esperança - Santos/SP - Grupo Otimismo - Rio de Janeiro/RJ - GADA - São José do Rio Preto, SP e C Tem Que Saber C Tem Que Curar - São Manoel/SP, contando com a presença de mais 20 ONGs de todo Brasil. 

Juntos podemos vencer as hepatites!


Jeová Pessin Fragoso -Grupo Esperança - Santos/SP
Carlos Varaldo - Grupo Otimismo - Rio de Janeiro/RJ
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Conhecendo a Hepatite E

Conhecendo a Hepatite E

20/01/2014 

O vírus da hepatite E, assim como os vírus das hepatites A, B, C e D, causa a doença de fígado. 

A hepatite E é transmitida principalmente através de água contaminada. Geralmente é uma infecção auto-limitada e se resolve, tal qual a hepatite A, dentro de quatro a seis semanas após a infecção. 

Tal qual a hepatite A, a hepatite E pode em alguns casos ocasionar dano hepático fulminante, principalmente em pessoas com doenças crônicas. 

No mundo acontecem aproximadamente 20 milhões de casos de infecções de hepatite E todos os anos. A maioria dos casos de hepatite E são observados nas regiões onde baixos padrões de saneamento aumentam o risco de transmissão do vírus. O vírus da hepatite E é transmitido principalmente através da contaminação fecal de água potável. Outras vias de transmissão incluem a ingestão de produtos derivados de animais infectados, transfusão de hemoderivados infectados, e a transmissão vertical de uma mulher grávida para o feto. Como a hepatite E é uma doença de veiculação hídrica, água ou alimentos contaminados têm sido responsáveis pela maioria dos casos. Casos esporádicos acontecem após comer mariscos crus ou cozidos. 

O diagnóstico de infecção por hepatite E baseia-se na detecção no sangue de anticorpos específicos para o vírus. Não há nenhum tratamento disponível capaz de alterar o curso da hepatite aguda (nas primeiras semanas após a infecção), geralmente a hospitalização não é necessária. 

A prevenção é o método mais eficaz contra a doença. Os fatores de risco para a hepatite E estão relacionados à falta de saneamento e derramamento do vírus da hepatite E pelas fezes. O risco de infecção pode ser reduzido através da manutenção de práticas de higiene: como lavar as mãos com água potável, especialmente antes de manipular alimentos; evitar beber água de pureza desconhecida, evitar comer mariscos crus e frutas ou vegetais crus não descascados ou bem limpos. 

Os sinais e sintomas da hepatite E incluem a cor amarelada da pele e dos olhos, urina escura, fezes claras, perda de apetite, inflamação do fígado, dor abdominal, náuseas, vómitos e febre. 

Carlos Varaldo
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URGENTE - Boa Notícia na Hepatite C


URGENTE - Boa Notícia na hepatite C
Agência Européia de Medicamentos (EMA) valida solicitação de aprovação do Daclastavir

14/01/2014 

Bristol -Myers Squibb anunciou que a Agência Européia de Medicamentos (EMA) validou o pedido de autorização de comercialização do daclatasvir, para o tratamento da hepatite C com doença hepática compensada para os genótipos 1, 2, 3, e 4. 

Em comunicado da empresa foi informado que a solicitação visa a aprovação do daclatasvir para utilização em combinação com outros medicamentos, incluindo o sofosbuvir, para o tratamento de hepatite C. A validação da solicitação é o início de um processo de revisão acelerado para aprovação do medicamento. 

Os países mais preocupados com o grave problema que representam as mortes ocasionadas pela hepatite C estão dando total prioridade a revisão das solicitações para aprovação dos novos medicamentos, por considerar ser a única forma de salvar milhares de vidas. É triste ver que outros países não seguem o mesmo caminho, deixando as solicitações mofarem dentro de gavetas burocráticas e, portanto, levarão anos para que os cidadãos desses países poder aceder aos novos medicamentos. 

O daclastavir tem o potencial de ser utilizado em combinação com outros dos novos medicamentos, inclusive o sofosbuvir, medicamento já aprovado. A pesquisa foi realizada incluindo mais de 5.500 pacientes em uma variedade grande de tratamentos totalmente orais, sem utilização do interferon. Quando da aprovação do daclastavir pela EMA os infectados da comunidade européia serão os primeiros a dispor de tratamento oral, com poucas semanas de duração para os genotipos 1, 2, 3 e 4. 

Bristol -Myers Squibb também informa no seu comunicado que vai trabalhar com as autoridades da saúde da União Européia para garantir que o acesso seja alcançado o mais rápido possível e pelo maior número de infectados. 

Carlos Varaldo
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DESEJOS DO ANO NOVO NAS HEPATITES

Desejos do ano novo nas hepatites

02/01/2014 

Após quatro anos de inanição e desinteresse pelas hepatites na antiga gestão, fato comprovado pelos números que não deixam mentir, quando o número de tratamentos no SUS ficou praticamente o mesmo nos quatro anos e contra números não existem explicações ou desculpas que possam ser dadas, assim, devemos aceitar que a gestão foi um fracasso. Na metade do ano de 2013 com a chegada de uma nova direção no Departamento DST/AIDS/HEPATITES do Ministério da Saúde o enfrentamento das hepatites no Brasil recebeu uma injeção de animo e esperança para os infectados. 

Uma gestão que não dava a menor resposta as reivindicações nas hepatites (nem sequer na AIDS), que tentava agradar um pequeno grupo de ONGs chapas brancas utilizadas como filtro para evitar criticas e bater palmas, obviamente que resultaria em pífios resultados. Mas entramos em 2014 com uma nova gestão, com muitas promessas e como somos otimistas a esperança renasce. 

O primeiro passo da nova gestão foi a mudança do logotipo do departamento. O laço deixou de ser totalmente vermelho, cor que representa a AIDS, e passou a ser metade vermelho e metade amarelo, sendo o amarelo a cor das hepatites. Parece pouco, mas é simbólico ao mostrar a prometida intenção de dar visibilidade e destaque as hepatites e seu enfrentamento. 

Um setor (ou mini departamento) foi criado dentro do Departamento, para cuidar exclusivamente das ações nas hepatites, com funcionários experientes. Uma velha reivindicação do movimento social que está sendo atendida. Agora temos com quem falar em Brasília. 

Reuniões regionais estão sendo realizadas com gestores e ONGs para conhecer as diferentes realidades, pois é necessário acabar com a concentração de tratamentos nos sete estados da região Sul e Sudeste, onde são ofertados mais de 80% dos tratamentos. Os menos de 20% dos tratamentos restantes são divididos entre 19 estados e o Distrito federal, uma verdadeira vergonha. 


2014


E o que podem esperar em 2014 do governo grupos de pacientes que levam no nome a esperança e o positivismo e, de forma singela, por exemplo, se chamam: Esperança, Vontade de Viver, Unidos Venceremos, Otimismo, ABC Vida, Pró-Vidas, VenCer, UNA-C, Confiantes no Futuro, Gênesis, Hepato Certo, Pró-Fígado, Vencendo Com Cristo, AMHE-C, Viva Melhor, Força e Vida, Hércules, Desbravador, AraçaVida, Direito de Viver, Saúde em Vida, C Tem que Saber C Tem que Curar, e outros em que a memoria pode me trair e por isso peço desculpas por não os incluir. 

Pode algum gestor achar que com esses nomes estamos somente para criticar, reivindicar, denunciar, ou estamos aqui para defender os infectados e tentar, caso exista espaço, para colaborar na melhoria do diagnostico e atendimento dos pacientes? 

Esperamos que em 2014 os gestores atendam entre outras necessidades (não mais consideradas reivindicações e sim necessidades urgentes) as seguintes: 

- Elaboração de um novo Conceito de Hepatopatia Grave. 

- Obrigatoriedade do teste das hepatites sempre que for realizado um teste da AIDS. 

- De vez por todas que os medicamentos que hoje se encontram na lista de "Especializados" passem para a lista de "Estratégicos", tal qual os da AIDS. Não é possível aceitar que no mesmo departamento existam duas formas diferentes de acesso aos medicamentos, com entrega imediata a um paciente com AIDS e com uma demora de até seis meses a um paciente com hepatite, pois isso configura discriminação dos infectados pelas hepatites. Um caso de Direitos Humanos. 

- Tal qual os Estados Unidos e outros países que estão aderindo, decretar o mês de maio como o MÊS DA CONSCIENTIZAÇÃO NAS HEPATITES, realizando campanhas de informação, alerta e diagnostico em todo Brasil. É necessário criar sinergia mundial nas ações. 

- Quebrar paradigmas na redação dos novos protocolos, autorizando médicos generalistas a tratar os casos mais simples, como o caso de fibrose F1 e F2. Um passo necessário para dar início a preparar a infraestrutura de atendimento quando da chegada dos medicamentos orais. 

- Elaborar e publicar manuais de atendimento e cuidados de doentes hepáticos pelos profissionais da enfermagem. 

- Capacitar as equipes de médicos de família para recomendar a realização dos testes das hepatites nas famílias atendidas pelo programa que relatarem que já existiu no passado algum caso de hepatite no grupo familiar. 

- Autorizar e exigir dos Planos de Saúde o tratamento das hepatites. Se o problema é o custo do medicamento para os planos ambulatoriais, então que o governo passe a fornecer os medicamentos gratuitamente. Isso vai desafogar os hospitais públicos e aumentar a oferta de tratamentos. 

- Colocar o teste da hepatite C realizado na saliva nas farmácias, para que o público possa comprar e o realizar em casa, tal qual foi recentemente aprovado para o teste da AIDS. 

- Criar um sistema de notificação de verdade, eletrônico e centralizado em Brasília, que seja confiável, pois o atual SINAN, que não foi desenhado para as hepatites, já demonstrou não registrar entre 60% e 80% dos casos. As hepatites necessitam aparecer para que o governo atue com ações. Saúde pública se faz para atender a demanda e se os casos não aparecem o governo não necessita fazer nada. 

- Com um número de infectados com hepatites B e C entre 7 e 10 vezes superior aos infectados com HIV/AIDS é necessário que a aprovação de novos medicamentos na ANVISA e sua incorporação no SUS passe a ter prioridade, um tramite acelerado. Não podemos ignorar que as hepatites matam mais que a AIDS. Aguardar dois anos ou mais para aos incorporar no SUS é pensar como no tempo das carroças. O poder da caneta do ministro pode conseguir isso. 

- Que seja realizado um cronograma de ações e recursos financeiros para os próximos anos referentes a todas as ações de diagnostico, tratamentos, incorporação de novos medicamentos, etc. com dados quantitativos e mensuráveis para poder monitorar e auditar. 

- Aumentar a visibilidade e representação do movimento das hepatites. Assim como a AIDS possui comissões como a CNAIDS e CAMS é necessário que as hepatites tenham suas próprias comissões de representação e dialogo, sem dividir espaços, sempre minoritários, nas disputas por ações e recursos. Incluindo nessas comissões representantes das sociedades médicas. 

- Aumentar a capacidade de realizar campanhas de diagnostico e até a instalação de novos centros de tratamento no SUS com colaboração e participação da indústria. 

Todos devem ser responsáveis para melhorar as ações de enfrentamento da maior epidemia da historia da humanidade. Nem o governo, nem a indústria, nem a sociedade médica ou civil de forma individual possuem capacidade para enfrentar o problema. É necessário trabalhar juntos, governo, sociedades médicas, sociedade civil e indústria, pois juntos podemos vencer as hepatites. 

Você pode colaborar sugerindo ações. Escreva e mande por e-mail a sua ideia ou sugestão. Juntos discutiremos a possibilidade de ser incluída. Se aceita o Grupo Otimismo vai lutar pela sua implementação. 

Que em 2014 os desejos e anseios dos infectados das hepatites virem realidade. Vamos participar, controlar e cobrar! 

Um Feliz 2014 a todos. 

Carlos Varaldo
www.hepato.com
hepato@hepato.com
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